É praticamente geral a vontade de envelhecer em nossa casa, rodeados dos nossos objectos, memórias e conhecidos.
A perda de autonomia devida a doença e outros factores ligados à solidão, ou ausência quase total de rede social e familiar estão na origem da mudança para um lar ou outra estrutura residencial estruturada.
É sempre um momento de grande tensão emocional dentro da família quando têm que decidir a melhor opção para o pai ou a mãe idosos.
As opções terão sempre de ser avaliadas caso em caso. São as famílias as primeiras a perceber depois que realmente a mãe, avó, o pai, está melhor no Lar, rodeado de cuidados profissionais e de pessoas com quem pode conversar e sair, do que sozinho em casa à espera de uma visita esporádica de um familiar sempre ocupado. É a demência e outras doenças igualmente incapacitantes que levam as famílias a colocarem os doentes em Lares.
A sociedade está a envelhecer, alguns de nós ficarão sozinhos em idades avançadas e portanto é bom que calmamente se reflicta sobre como se gostaria de viver nessa época.
Ludmila Carvalho
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