segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

ENVELHECIMENTO PRODUTIVO

Antes de iniciar a escrever o meu artigo quero desejar a todos os leitores deste blog um Ano Novo cheio de energias positivas.
2012 é o ano Europeu do Envelhecimento Activo e nada melhor que falar sobre o envelhecimento produtivo, mais um ponto crucial do trabalho do gerontologo.

Um pouco de história para nos situarmos, a expressão "envelhecimento produtivo" surgiu  na década de 70 na altura em que o mundo vivia grandes alterações. Nessa época olharam para o idoso como uma pessoa que ainda podia desenvolver actividades significativas , satisfatórias, estruturadas e continuadas que tivesse impacto positivo na sua vida e na comunidade. Mas com o passar dos anos esta expressão perdeu peso, até aos dias de hoje que por causa da crise a expressão começa a ter novamente significado.
Quantos de nós vemos os avós a tomarem conta dos netos? Essa actividade que é cada vez mais comum no nosso pais é uma forma de envelhecimento produtivo.
Quantos idosos nos meios rurais ainda fazem a sua horta para terem os produtos frescos para a sua alimentação e darem aos filhos como forma de ajuda sempre que la vão visita-los? Mais uma forma de envelhecimento produtivo. E quantas mães reformadas estão em casa e preparam as refeições para os filhos, mais uma forma de envelhecimento produtivo. Mas todas estas actividades são comuns.
 Como futuros gerontologos temos que olhar também para aqueles idosos que não tem netos, nem terras e nem filhos, será que esses idosos não podem ter um envelhecimento produtivo e ajudar a comunidade envolvente? Claro que sim.
Por que não ajudar numa loja a fazer atendimento ao público na hora de almoço dos funcionários para o estabelecimento não fechar é ou não uma forma de envelhecimento produtivo? Ou então pagar as contas da água e da luz num cabeleireiro.
Todas estes exemplos de Envelhecimento produtivo que aqui deixei directa ou indirectamente geram produtividade, ou seja por via dos rendimentos que daí se podem tirar, seja pelo elevado nível de auto-estima e de implicação activa das pessoas que as fazem.
Trata-se de produzir algo e sentir-se bem com isso.
Em conclusão o envelhecimento produtivo tem vantagens para a sociedade em geral que recebe um contributo enriquecido por anos de experiência, quer para o próprio idoso que retira diversos benefícios da sua actividade produtiva, o que lhe permite continuar inserido na sociedade de forma participativa.
Cabe-nos a nós enquanto futuros gerontologos alertar para a importância do envelhecimento produtivo, pois temos que mudar o estatuto do idoso na sociedade.

Trabalho elaborado por
Yola Leite

domingo, 1 de janeiro de 2012

Menopausa sem traumas

A Menopausa não é uma doença, e portanto não deve ser encarada como tal. É uma etapa natural da vida da mulher, que produz alterações tanto físicas como psicológicas. Campanhas, estudos e especialistas querem provar que a Menopausa pode ser uma fase óptima para as mulheres.
Contudo, a Menopausa continua a assustar muitas mulheres, pois temem ficar incapazes de ter ou dar prazer. Mas isso é um mito! As alterações físicas sentidas por algumas mulheres na fase que antecede a menopausa, tais como: ondas de calor; inchaço; suores nocturnos; secura vaginal; alterações no aspecto da pele, cabelo e unhas; períodos menstruais irregulares; insónias; irritabilidade; ansiedade e depressão, muito têm contribuído para que o climatério (fase anterior à menopausa), seja cercado de negatividade, mas pouco se fala do lado psicológico e das possíveis vantagens deste período.
Algumas campanhas e pesquisas, feitas por psicólogos com o objectivo de entender as atitudes da Sociedade em relação à menopausa, levou a que fossem colocadas em prática acções para ajudar as mulheres a encarar o período da menopausa de outra forma; a lidarem melhor com o seu significado psicológico.
A psicóloga americana Sylvia Gearing ajuda as mulheres a verem os benefícios da menopausa e do envelhecimento, “Como as mulheres têm menos estrogénio nesta fase, podem ter mais clareza de pensamento, autocontrolo e determinação”, afirmou no artigo publicado no site da American Psycological Association.
Ainda uma pesquisa realizada pela Universidade de Copenhaga, publicada no jornal oficial da Sociedade Europeia da Menopausa e Andropausa, Maturitas, revelou outros aspectos positivos desta fase da vida feminina. Após questionar 393 mulheres de mais de 65 anos, o estudo revelou que, aproximadamente metade delas considerou a menopausa benéfica. E os motivos apontados são o bem-estar, o alívio por não terem mais de lidar com a menstruação, maiores possibilidades de crescimento pessoal e liberdade para se concentrarem nas próprias vidas.

Todos os anos cerca de 300 mil Portuguesas entram na Menopausa!
Numa Sociedade que valoriza a beleza e a juventude, entrar na menopausa, para muitas mulheres, é sinónimo de tornar-se velha e sem valor. Por isso, é importante aceitar que a vida passa por fases e que todas essas mudanças também têm o seu lado positivo. Por exemplo, a actividade sexual está livre de riscos de gravidez e o sexo pode tornar-se ainda mais libertador e prazeroso, pois, a única preocupação que deve manter é proteger-se de infecções sexualmente transmissíveis; a mulher pode dedicar-se mais a si mesma e praticar actividades que sempre teve vontade, podendo realizar os seus projectos pessoais.
A Mulher deve usar e abusar das experiências de vida acumuladas ao longo dos anos e permitir-se viver intensamente o momento. Mulheres que chegam à menopausa com uma boa auto-estima passam por essa fase de forma tranquila, inclusive lidando melhor com os sintomas físicos causados pelo desequilíbrio hormonal. Ainda que muitas mulheres possam sofrer com a sintomatologia típica da menopausa, cada vez mais existem soluções medicamentosas ou naturais para aliviar esses sintomas.


A Sexualidade não tem de ser beliscada pela Menopausa!
A atitude, a mente aberta e a capacidade de enfrentar os pequenos obstáculos que possam surgir são os truques para viver com prazer a sexualidade em qualquer idade.

10 Passos para uma menopausa proactiva e com mais auto-estima

©  1. Comece a praticar uma actividade física para prevenir o aumento de peso típico da menopausa, de 3 a 5 quilos.

©  2. Inicie um programa de fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico, tal como exercícios de Kegel- para prevenir a incontinência urinária.

©    3. Faça exercícios de levantamento de pesos para manter os ossos fortes e reduzir o risco de fracturas, sendo prudente procurar orientação de um profissional, para adequar o tipo e a carga de exercícios a si.

©    4. Desafie o seu cérebro com exercícios de memória, palavras cruzadas e outros tipos de jogos de raciocínio, pois, ajudam a diminuir o risco de perda de memória.

©   5. Desenvolva e mantenha bons hábitos de sono, tente dormir o suficiente, pois, a falta de sono pode contribuir para a confusão mental e baixa libido.

©     6. Pondere o uso de um creme tópico de estrogénio, para ajudar na secura vaginal. A prática regular de sexo também aumenta o desejo sexual e faz com que a lubrificação aumente.

©    7. Não negligencie os seus dentes. Escove-os duas vezes por dia e use fio dental diariamente, para ajudar a prevenir a doença periodontal (inflamação das gengivas), que pode afectar a sua saúde cardiovascolar.

 ©    8. Limite o consumo de alimentos industrializados e mantenha uma dieta rica em verduras e em gorduras saudáveis, tais como a do salmão, do abacate e do azeite. Lembre-se de que consumi-las ajuda a manter os cabelos e a pele saudáveis.

 ©    9. Mulheres em pré menopausa devem consumir entre 1000 a 1200 mg de cálcio diariamente, e em pós menopausa, devem tomar 1500 mg de cálcio por dia e 500mg de magnésio e de vitamina D, para haver uma absorção máxima de cálcio ingerido.

  ©     10. Faça todos os exames anuais, incluindo o controlo de glicemia, colesterol, vitamina D e cálcio, bem como mamografias e exames pélvicos. Discuta com o seu médico os prós e os contras do uso de terapia de reposição hormonal. Mas saiba que esta não é recomendada para mulheres em situação de risco de cancro da mama, trombose ou doença cardíaca.



Teresa castanheira

Fonte:
w.w.w.spmenopausapt/2/menopausa
w.w.w.spmenopausa/pt/122/articles/?a=1&aid=285
revistavivasaude.uol.com.br/saúde-nutricao/35/artigo35809-1.asp