quinta-feira, 14 de abril de 2011

A arte de evelhecer

Gerontologia, a profissão de futuro em Portugal

publicado17:1416 janeiro '09

A profissão de gerontólogo foi hoje apontada, num encontro em Bragança, como uma das que mais futuro tem em Portugal com um vasto mercado para explorar a nível institucional e na criação de próprio emprego.

Abrir uma empresa de "old-sitter" para prestar a idosos serviços idênticos aos das "baby-sitters" para crianças, de ama de companhia, ou prestação de cuidados a seniores são apenas alguns dos possíveis projectos para estes novos profissionais hoje defendidas.
As sugestões foram deixadas num encontro, em Bragança, que juntou estudantes de Gerontologia dos cursos de Bragança, Aveiro e Viana de Castelo.
Estes cursos existem também no Porto e, embora todos sejam recentes, já formaram cerca de 200 profissionais com competências para darem resposta a um público crescente, devido ao envelhecimento da população portuguesa.
Luís Jacob, professor no curso de Gerontologia da Escola Superior de Saúde de Bragança - e responsável pela rede nacional de universidades da Terceira Idade, que reúne 121 estabelecimentos em Portugal - sustentou que as universidades seniores são uma área a explorar pela Gerontologia, que considera das profissões de futuro em Portugal.
Estes novos profissionais, segundo afirmou, reúnem uma série de competências necessárias aos serviços já existentes para idosos e capazes de criarem novas respostas.
Um levantamento feito pelos responsáveis dos cursos revela que mais de metade dos gerontólogos recém formados estão a trabalhar, alguns ainda em estágios, parte em instituições de solidariedade social e outros no sector privado.
Para Luís Jacob, as instituições de solidariedade necessitam destes profissionais para orientarem os seus lares e outros equipamentos destinados a idosos, pelo que vê aqui uma parte importante de mercado de trabalho para os novos profissionais.
Porém, o docente realça que o número de idosos institucionalizados não chega a 10 por cento da população, existindo um universo de 90 por cento para explorar com novas respostas.
De outros países, como a vizinha Espanha, chegam exemplos de serviços, nomeadamente a recuperação do conceito das damas de companhia, até mesmo em lares da Terceira Idade, ou a criação de serviços de "old-sitter".
A área do turismo sénior, ou a prestação dos mais diversos cuidados aos idosos, são outras vertentes apontadas como exemplos para os gerontólogos explorarem na criação de emprego próprio.
Um caso concreto referido foi o de uma empresa, a "Old Care", criada recentemente em Bragança - a primeira do género na região - por um recém-formado gerontólogo, que presta vários serviços, designadamente assistência domiciliária, acompanhamento, cuidados de enfermagem, telemedicina, venda de equipamentos e eliminação de barreiras arquitectónicas.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

A IMPORTÂNCIA DA ACTIVIDADE FÍSICA

A Hidroginástica

Segundo Vanessa Angeli(2009), professora de Educação Física e pós graduada do curso de Saúde e medicina Geriátrica da Metrocam, esta prática surgiu na Alemanha para atender inicialmente um grupo de pessoas de mais idade e que precisavam de practicar uma actividade física segura, sem causar riscos ou lesões articulares e que lhes proporcionasse bem-estar físico e mental.
A resistência natural da água multiplica o esforço exigido por um movimento, mas por outro lado, a água responde na mesma intensidade a uma força aplicada sobre ela, assim, a resistência oferecida pela água é proporcional à força do movimento, desta forma, permite que qualquer pessoa consiga fazer um exercicio dentro da água, independentemente do seu condicionamento fisico.
A Hidroginástica ofereçe várias vantagens, entre elas podemos salientar que:

- Aquece simultâneamente diversas articulações e musculos
- Facilita o aumento gradativo da amplitude articular
- Fortaleçe a musculatura sem riscos
- Ganho de estabilidade e equilíbrio

Podemos assim concluir que podemos indicar esta actividade à população sénior.


Cristina Braz

terça-feira, 12 de abril de 2011

"Quero que me oiças sem me julgares
Quero que me dês a tua opinião sem me aconselhares
Quero que confies em mim sem me exigires
Quero que me ajudes sem tentares decidir por mim
Quero que cuides de mim sem me anulares
Quero que olhes para mim sem projectares as tuas coisas em mim 
Quero que me abraces sem me asfixiares 
Quero que me animes sem me empurrares
Quero que me apoies sem te encarregares de mim 
Quero que me protejas sem mentiras 
Quero que te aproximes sem me invadires
Quero que conheças as coisas que mais te desagradem em mim 
 Que as aceites e não pretendas mudá-las
Quero que saibas... que hoje podes contar comigo....
Sem condições."

In Contos para Pensar, Jorge Bucay


Deolinda



domingo, 10 de abril de 2011

A Doença de Parkinson - Dia Mundial de Parkinson (2011.04.10)

Não tenho medo de morrer, não estou preocupado com isso. Tenho medo de não viver bem. A progressão do Parkinson é controlada. Tenho muita coisa para fazer, como escrever. O Parkinson não é diferente de qualquer outra situação do ser vivo, não pode ser usado como um trunfo nem como uma desvantagem. Depois que fiz 50 anos comecei a sair da garantia. Portanto, não existe nada de excepcional em ter Parkinson. Quando o médico te diz que você sofre de uma doença degenerativa e irreversível, é natural. Isso não é um privilégio do Parkinson, a condição humana é essa mesma. As pessoas vivem como se fossem eternas. Vivemos uma perda progressiva da vitalidade, da juventude. Em compensação, vamos ganhando sabedoria. Tem gente que bebe demais, eu tenho Parkinson.

Paulo José, actor brasileiro que sofre da Doença de Parkinson





 ... , Doenças Mentais e Drogas de Neuro Med92: Doença de Parkinson


Deolinda de Brito, nº 04, 1º ano de Gerontologia Social
2011.04.11

Violência contra os mais Velhos - (Parte II)

Aproveito o tema da Inês, para acrescentar e transcrever uma parte de um artigo que foi publicado pela jornalista Sílvia Caneco no Jornal I no dia 7 de Abril de 2011
Açores formam técnicos
“…Apesar de as denúncias de maus-tratos contra os idosos terem aumentado 300% entre 2009 e 2010 nos Açores, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) vai formar este mês 40 técnicos que trabalham em instituições nas áreas da saúde e apoio a pessoas idosas, como centros de dia e lares, em São Miguel e na Terceira. A APAV entende que os crimes de violência contra idosos aumentaram na sequência de “uma maior consciencialização para estes casos e tenciona continuar a investir na formação, já que “os idosos raramente efectuam a denúncia” e são estes técnicos “ quem mais próximo está de poder identificar situações de crime”.
A formação pretende despertar os técnicos para a necessidade de prevenção não só de situações de violência doméstica, mas também de “outras que não são tão facilmente detectadas” como é o caso do “internamento num lar sem o consentimento do idoso, a apropriação de reformas ou excesso de medicação”, explica Helena Costa, da APAV/Açores.
A técnica alerta para a tendência dos idosos de se remeterem ao silêncio por os crimes serem cometidos por familiares de quem dependem e por haver “pouca consciência de que decisões como a da gestão de uma reforma ou de um internamento num lar não poderem ser tomadas sem o consentimento do idoso”. Nos casos em que os pedidos de entrada em lares são feitos por pessoas ainda autónomas, os sentidos dos técnicos devem ficar imediatamente de alerta. “Há idosos que são internados, por exemplo, na sequência de uma doação forçada dos seus bens patrimoniais”, alerta Helena Costa, que defende que “ a entrada em qualquer lar devia obrigar à assinatura de um termo de consentimento” para evitar internamentos forçados.
Apesar de muitos casos de internamento dos idosos açorianos não reflectirem negligência da família – já que em muitos casos os familiares emigraram -, os lares “deveriam ser sempre a ultima alternativa”, na perspectiva da responsável pelo gabinete da APAV nos Açores. Os centros de dia e o apoio domiciliário “permitem que a pessoa se sinta mais integrada na comunidade não seja afastada repentinamente do seu espaço e das sua rotinas”.
    Cito Sílvia Caneco – Jornal I do dia 7 de Abril de 2011
                             Gracinda Silva