Os videojogos que pertencem à categoria dos health-games foram criados para mudar hábitos de vida, estimular a envolvência dos doentes nas terapias e melhorar o desempenho físico e cognitivo de jogadores de todas as idades.
Os primeiros jogos de saúde surgiram nos anos 80 mas tornaram-se mais conhecidos há uma década. Actualmente existem cerca de 300 jogos de saúde – o equivalente a 15% de todo o mercado de jogos electrónicos de entretenimento. Um dos mais conhecidos é o Re-Mission, que é direccionado para vítimas de tumores malignos. A chave do sucesso destes jogos é a capacidade de envolver o doente, “personalizando o jogo, para recriar uma realidade muito próxima à vivida pelo paciente”, diz Cristina Araújo, directora da Technology & Training.
Entre 2004 e 2005, aos 14 anos, portador de leucemia, o americano Dan Neumann participou nos testes para a aprovação do jogo Re-Mission: “Quando comecei o tratamento do cancro, tinha pavor de quimioterapia”, contou na ocasião. “Com o jogo, comecei a matar células doentes e a entender que a quimioterapia realmente podia fazer-me bem”. Neumann está curado.
A filosofia destes novos auxílios terapêuticos vale para qualquer tipo de pessoa – inclusive para quem não está doente mas precisa de melhorar a sua qualidade de vida.
O jogo Bronkie, the Bronchiosauros foi desenhado para ensinar crianças e adolescentes asmáticos a controlar a doença. Cabe ao jogador medir a frequência respiratória e ministrar a medicação a horas e identificar os momentos que antecedem uma crise de asma. “Final score”: redução de 40% no número de hospitalizações entre os usuários do jogo. Na mesma linha, Packy e Marlon, idealizado para diabéticos, monitorizando taxas de glucose e aplicando dose de insulina, reduziu em 77% os casos de emergência entre os usuários. Alguns jogos são baseados nas teorias da terapia cognitivo-comportamental, segundo as quais, mediante exercícios de confronto é possível desactivar os comandos cerebrais responsáveis por acções e pensamentos erróneos, como o do jogo Khemia que foi criado para fumadores que desejam abandonar o vício.
O jogo Bronkie, the Bronchiosauros foi desenhado para ensinar crianças e adolescentes asmáticos a controlar a doença. Cabe ao jogador medir a frequência respiratória e ministrar a medicação a horas e identificar os momentos que antecedem uma crise de asma. “Final score”: redução de 40% no número de hospitalizações entre os usuários do jogo. Na mesma linha, Packy e Marlon, idealizado para diabéticos, monitorizando taxas de glucose e aplicando dose de insulina, reduziu em 77% os casos de emergência entre os usuários. Alguns jogos são baseados nas teorias da terapia cognitivo-comportamental, segundo as quais, mediante exercícios de confronto é possível desactivar os comandos cerebrais responsáveis por acções e pensamentos erróneos, como o do jogo Khemia que foi criado para fumadores que desejam abandonar o vício.
Para estimular a prática de exercício físico, a Nintendo Wii proporciona aos jogadores a simulação de todos os tipos de desportos, usando apenas o comando. Actualmente os jogos de Nintendo Wii são usados na reabilitação física de idosos, em casas de repouso nos EUA e na Europa.
Não será de estranhar se na próxima visita ao médico recomendarem-lhe dieta equilibrada, exercício físico, boas noites de sono e… um jogo para a sua consola.
Teresa Castanheira
Teresa Castanheira
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