sábado, 14 de maio de 2011

Cuidados Importantes ao lidar com Idosos com perda de Memória

A idade avançada e doenças como o Alzheimer podem levar à perda de memória  de muitos idosos – algo que pode acontecer de  repente e que pode deixar quem cuida ou lida com esses idosos, sem saber o que fazer.


v     O passado no presente. A maior parte dos doentes com Alzheimer passa a viver no passado, ou seja, a sua memória de longa duração substitui a memória de curto prazo. Isto significa que, embora possam lembrar-se nitidamente do que aconteceu há 30 anos atrás, não se conseguem recordar daquilo que almoçaram há 2 horas atrás. Como resolver esta situação? Não sendo solucionada a situação,  deve-se aproveitar para conversar com o idoso sempre que ele quiser.
v     Curto e simples. Quando comunicar com um idoso que sofre de perda de memória, faça-o com frases curtas e simples, ou seja, de muito fácil compreensão.  
v     Tempo de resposta. Mesmo com uma comunicação simples e directa , quem vive com a perda de memória necessita de tempo para responder àquilo que lhe foi perguntado ou pedido. Dê ao idoso todo o tempo que precisar para pensar no que lhe foi dito e formular a sua resposta, sem o apressar ou interromper o seu raciocínio
v     Repetições, repetições, repetições. A comunicação com um idoso com perda de memória certamente estará cheia de frases e perguntas repetidas. Embora possa ser frustrante para quem está a ouvir, em vez de dizer “ainda agora acabei de  dizer-te”, tenha paciência e volte a repetir a resposta ou a pergunta, de preferência igual ou muito parecido com a resposta anterior, para evitar confundir o idoso. Fique atento a linguagem corporal e ás expressões facias, a fim de haver uma melhor comunicação.
v     Erros e desentendimentos. Quem sofre de perda de memória nem sempre encontra as palavras certas para comunicar o que pretende, podendo substitui-las por outras que nada têm a ver com o assunto em questão. Recorra a outras formas de comunicação – caso da gestual – se for necessário, mas evite chamar a atenção do idoso ou rir-se dele porque utilizou a palavra errada ou trocou o sentido a uma frase. Fazer isso pode levar a sentimentos de frustração, raiva, tristeza, falta de confiança e dignidade. O que importa é o significado daquilo que está a ser dito e não a forma como é dito: focalize-se nisso.
v     Mimos e carinhos. A perda de memória não significa a perda de emoção, por isso, mime o idoso com carinhos especiais. O esquecimento e a dificuldade em comunicar pode frustrar o idoso, levando-o à depressão e ao isolamento, o que significa que precisa, mais do que nunca, do sentimento de pertença e de segurança.
v     Vigilância atenta. Cerca de 60% dos doentes com Alzheimer acabam por se perder, vagueando sem sentido e sem conseguir voltar ao seu ponto de partida, devido à perda de memória. Para evitar situações como esta, assegure que não deixa as portas e/ou janelas da casa abertas; se tem receio que o idoso possa vaguear, não lhe peça para ir buscar o correio ou levar o lixo sozinho; não deixe o idoso conduzir ou andar de transportes públicos sozinho.
v     Personalidade própria. Apesar da perda de memória, o  idoso continua a ser a mesma pessoa, com os mesmos gostos. Só porque a sua memória já não é o que era, não significa que não possa desfrutar de actividades e momentos de lazer que sempre apreciou.
v     Paciência e disponibilidade. Se cuidar de um idoso já é exigente, lidar de perto com um idoso que sofre de perda de memória pode ser um desafio ainda maior. Depois de uma vida longa e preenchida, a terceira idade, com todos os seus obstáculos, pode ser fonte de depressão e desânimo para muitos idosos, os quais contam com os seus familiares e amigos directos para os acompanhar nos últimos anos de vida. Esse acompanhamento requer, acima de tudo, disponibilidade e paciência, duas preciosidades para quem luta contra a velhice e as suas vicissitudes. Nunca é demais lembrar que, para conseguir isso com sucesso e saúde, quem cuida de alguém também tem de cuidar  de si.
                                               

                                                                                                                                    Por Luiza Oliveira

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