Quase 40 por cento dos portugueses a partir dos 65 anos passam oito ou mais horas dos seus dias sozinhos.
E veio a saber-se também que uma considerável percentagem de idosos internados em hospitais, depois de puderem ter alta não são “reclamados” pelos seus familiares, os quais, por vezes, até indicam naquelas unidades hospitalares residências falsas.
E os idosos para ali ficam abandonados por aqueles que pudiam acolhê-los
Por outro lado, há ainda os idosos que se vêem sozinhos nas suas casas ou andares – quantas vezes em péssimas condições! – não sendo visitados ou acompanhados pelos filhos, netos ou outros familiares.
Alguns vivem com poucos recursos económicos, mas o que mais lhes custa é, sem dúvida, a solidão e o desprezo a que são votados!
Nalguns lugares as Misericórdias vão tendo já serviços de apoio domiciliário, o que é de aplaudir. Porém, tais serviços não chegam a todas as partes.
Há aldeias recônditas, quase despovoadas ou onde apenas permanecem poucas pessoas de muita idade sem qualquer espécie de acompanhamento, a contas com a sua solidão, recordando talvez um passado em que se deram aos filhos que, agora, com muita ingratidão desapareceram das suas vidas!
Alguns dos idosos que foram postos num lar nem sequer são visitados pelos seus familiares e ali, tristemente, aguardam o fim das suas vidas!
Há, na verdade, que logo nas escolas se dê mais importância e se realce o valor dos idosos, até como património de experiência que é preciso reconhecer e como fonte de amor e união nas famílias.
Luiza Oliveira
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